sábado, 22 de maio de 2010

Latim! Não há outra Língua assim!


O Papa Bento XVI quer reabilitar a missa em Latim. Ouvem-se críticas por todo o lado, mesmo dentro da igreja católica. Posto de parte nos anos 60, vai tornar-se uma Fénix Renascida. Mas será benéfico para a igreja? Não perderá ainda mais fiéis, por se considerar uma coisa do passado? Esperemos que o efeito seja benéfico e nos consciencializemos da utilidade que há em se estudar Latim.
Os filmes Código Da Vinci e Paixão de Cristo, que “ressuscitaram” a língua latina, fizeram com que aumentasse o número de estudantes de Latim no ensino secundário no Brasil; pena é que em Portugal tivesse havido uma tendência contrária! É que o Latim está a pegar moda por tantos sítios, menos nos países cujas línguas tiveram origem naquela. Na Finlândia, há tertúlias em Latim; há sites de notícias e meteorologia em Latim; há uma rádio com noticiários em Latim; há Chats onde se conversa exclusivamente em Latim; há livros clássicos, de aventuras e até BD traduzidos em Latim: além dos já conhecidos livros do Astérix em Latim, temos agora também a Alice no País das Maravilhas (Alicia in Terra Mirabili), O Perfume (Fragrantia), e mesmo o Harry Potter e a Pedra Filosofal (Harrius Potter et Philosophi Lapis). Imaginem que até já há um Elvis finlandês, pois canta em Latim alguns clássicos daquele cantor: Can’t Help Falling In Love (Non adamare non possum), Now or never (Nunc hic aut numquam) e Love Me Tender (Tedere me ama).
Como é que alguém pode explicar que na Alemanha e na Finlândia, que são países de línguas não românicas, tenham o Latim nos seus currículos escolares como disciplina obrigatória e nós, cuja língua deriva do Latim, o tenhamos apenas como opção? Eles consideram-no a matemática das línguas, a língua das ciências, a língua das línguas, uma língua eterna! Na Áustria, qualquer engenheiro tem sete anos de Latim; vá-se lá saber porquê!? Modernices? Raciocínio? Deixo ao vosso critério a solução para esta questão...
Ao abandonarmos assim a nossa língua mãe, arriscamo-nos a deixar morrer também o nosso Português, dentro em breve, pois ele é cada vez mais mal tratado entre nós. Enquanto isso não acontece, amemo-nos uns aos outros, porque, como diz Virgílio, omnia amor uincit (o amor vence tudo).

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